O maior fabricante de painéis solares da Alemanha, Meyer Burger, não fechará sua fábrica e se mudará para os EUA, informa. Euractiv. Em janeiro, a Meyer Burger anunciou o fechamento de sua fábrica alemã de células solares, com capacidade de produção anunciada de 650 MW por ano. Porém, segundo comunicado da empresa, a fábrica planejada em Colorado Springs, nos EUA, não será construída. Isto significa que a fábrica alemã continuará a funcionar, embora não tenha recebido os subsídios governamentais solicitados pela empresa.
“A unidade de produção de células existente na Alemanha continuará a operar em plena capacidade e – ao contrário do planejado anteriormente – também formará a espinha dorsal do fornecimento de células solares da Meyer Burger no futuro”, disse a empresa.
A fabricação na Alemanha é a opção mais econômica para abastecer as linhas de montagem de módulos, acrescentou a empresa.
“Este anúncio representa uma boa notícia para a Alemanha como um lugar para fazer negócios”, disse o diretor da organização não governamental Environmental Action Germany, Sacha Müller-Kramer, ao renovar os apelos a um esquema para impulsionar a indústria solar nacional.
Um esquema alemão para subsidiar painéis solares produzidos internamente não foi aprovado pelo governo em Berlim devido à forte oposição do liberal Partido Democrático Livre (FDP) no início do ano.
Os defensores dos subsídios citaram então o caso Meyer Burger como um exemplo do que deveria ser evitado.
“A Meyer Burger também reduzirá as suas ambições de lucrar com o esquema de subsídios multibilionário dos EUA, a Lei de Redução da Inflação, usando menos créditos fiscais para financiar a sua expansão doméstica”, disse a empresa.
Após o anúncio da decisão, as ações da empresa caíram 47%.
