A Suécia aumentará a quota de biocombustíveis misturados com combustíveis fósseis para cumprir as metas climáticas da UE para 2030, anunciou o governo do país escandinavo, revertendo a sua política anterior. Os partidos no poder de centro-direita da Suécia e o seu aliado de extrema-direita, os Democratas Suecos, confirmaram que o compromisso de reduzir os combustíveis fósseis será aumentado, relata. Euractiv.
A obrigação de redução exige que as empresas que vendem gasolina e gasóleo reduzam as emissões de gases com efeito de estufa, principalmente através da mistura de mais combustíveis renováveis - medidas que levam a preços mais elevados dos combustíveis e são, portanto, impopulares.
No ano passado, o governo sueco decidiu reduzir a obrigação de redução dos combustíveis fósseis de 30,5% para o gasóleo e 7,8% para a gasolina para um mínimo de 6%. Assim, a obrigação de redução na Suécia passou do mais elevado da UE para o mais baixo.
A decisão foi fortemente criticada na altura porque, de acordo com a avaliação anual do Conselho Sueco de Política Climática, o país estava a regredir na redução das emissões de gases com efeito de estufa enquanto a UE fazia progressos.
O corte também significou que a Suécia estava no caminho certo para falhar tanto as suas próprias metas climáticas para 2030 como as da UE. A obrigação de redução é agora aumentada para 10%.
Reações
No entanto, a decisão do governo não convenceu os Verdes, que estão actualmente na oposição. Daniel Helden, porta-voz do Partido Verde Sueco, disse que a Ministra da Energia, Ebba Busch, e a Ministra do Clima e Ambiente, Romina Purmohtari, continuam a enganar os eleitores suecos para esconderem o facto de não terem planos para gerir a transição verde do país.
“Primeiro, o governo está a promover políticas que aumentem as emissões de CO2 em chocantes 50 milhões de toneladas até 2030. Agora falam de uma redução de dois milhões de toneladas. Isso é frívolo”, acredita Helden.
De acordo com Purmohtari, a decisão ajudará a reduzir significativamente as emissões e garantirá que a Suécia cumpra as metas climáticas da UE.
“Espera-se uma redução significativa nas emissões no curto prazo, de pouco mais de 2,5 milhões de toneladas até 2030”, disse ela.
