O grupo sueco de bombas de calor Aira abrirá sua primeira fábrica esta semana. A fábrica na Polónia vale 300 milhões de euros, com planos de atingir a capacidade total de 500.000 unidades por ano à medida que a procura na Europa cresce, relata a Reuters.
A Aira, fundada pela Vargas Holding, que também possui a fabricante de baterias Northvolt, tem como alvo os mercados europeus, incluindo a Grã-Bretanha e a Alemanha, onde a penetração das bombas de calor é relativamente baixa em comparação com o mercado interno, disse o CEO da Aira, Martin Lewert, numa entrevista.
Segundo ele, a empresa tem uma “perspectiva muito positiva” em termos de procura, já que os preços do gás permanecem em níveis historicamente elevados.
Depois que a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 levou a uma grande crise energética, a União Europeia disse que teria como objetivo implantar pelo menos 30 milhões de bombas de calor nesta década para reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados.
As vendas de bombas de calor na Europa atingiram um recorde de 2,77 milhões este ano
No entanto, caíram 5% em 2023, mostraram dados da Associação Europeia de Bombas de Calor, à medida que divergências sobre a velocidade e o custo da transição verde levaram à proibição da Alemanha de que as caldeiras a combustíveis fósseis fossem eliminadas no outono passado.
Em dezembro, a Comissão Europeia adiou o anúncio do plano de ação para bombas de calor para depois das eleições na UE. De acordo com Lewert, a desaceleração será temporária, uma vez que o ritmo das instalações tem sido constante, enquanto os subsídios nos principais mercados aumentaram.
“No Reino Unido, aumentaram os subsídios de £5.000 ($6.319) para £7.500 – na Alemanha você pode obter um subsídio de até 70% para sua instalação. Acho que são sinais muito fortes”, ressalta.